terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Floripa, eu gosto de você!

Entardecer em Santo Antonio de Lisboa - Floripa/SC


Eu vou passar as férias "em casa".
Um privilégio que Deus dá aos manezinhos.


"Você é assim.
Um sonho pra mim.
E quando eu não te vejo,
eu penso em você 
desde o amanhecer,
até quando eu me deito.
Eu gosto de você
e gosto de ficar com você."

Renata, a encantadora de Bolas



A alma feminina da bola reconhece os pés que a tocam.
O homem que a conduz com sabedoria e luta por sua posse.
Ela a redonda, sente ao toque da chuteira se quem a toca é amado por uma de nós.
Emerson é amado.
Emerson é amado por nós e por elas.

Ela, a bola
e ELA (aquela  que fala com a alma da redonda): R E N A T A.
Renata, a encantadora de Bolas.
A doce feiticeira que enfeitiça o zagueiro.
Renata é o coração que dá vida reta ao guerreiro.
Renata e Emerson jogam sempre juntos,
nesse mundo redondo.

Casal de uma só alma
Casal em aliança redondinha
(com a redonda)
Divina ligação de amor.
E a bola nos permitiu conhecer vocês.
Sempre juntos.
Parabéns!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

E os títulos de 2012?


Agora entramos na última semana de 2011.
Se a analise for feita na esfera futebolística, alguns poucos vão querer repetir a dose em 2012.
Já outros tantos querem se livrar dos erros cometidos, na busca de resultados positivos dentro de campo.

Ora, a formação de uma equipe competitiva requer conhecimento dos profissionais responsáveis pelas contratações. E muitas vezes milagres.
Porque as categorias de base nos Clubes nacionais são desfeitas ainda na casca. 

Vende-se tão rápido um jogador de futuro, que a torcida nem sabe que ele passou por ali.  
Outros jogam por um ano como profissionais e pronto, lá se vão defender outras cores. Empresários ditam o futuro profissional desses atletas, não o Clube.

Um Clube de futebol nos dias de hoje precisa ter em seu departamento de futebol pessoas responsáveis e que além da capacidade aqui exigida, sejam guiados e fiscalizados pelo dirigente maior, o seu presidente.
Esse necessariamente tem que ser um torcedor apaixonado e preparado para as armadilhas que o futebol moderno cria todos os anos. 
A primeira que se deve evitar, é a armadilha dos empresários que abocanham os jogadores da base. 
Pelo Clube, com o Clube. Essa deve ser a postura do dirigente maior.

Hoje temos um exemplo de Clube que é a menina dos olhos de todos os outros. O Barcelona.
A eficiência desse Clube não passa somente por sua estrutura financeira, ela começa na sua base. 
A formação atual do Barcelona conta com diversos jogadores formados no Clube.  Não custaram nada, foram criados dentro do Clube.
É isso, isso que está faltando principalmente no futebol brasileiro. 
O devido valor, cuidado e incentivo as seus atletas da base. Eles tem que pertencer ao Clube.
Seriedade começa aqui.  Conquistas.  
Grandes Clubes por excelência valoram o que tem valor. 
Aqui está o Clube. 
Aqui está o presente e o futuro dos que vão conquistar títulos. 
Não só os de 2012, mas também os anos seguintes.

Enquanto não for assim, ficamos todos os anos contanto com a eficiência milagrosa do departamento de futebol, e que o treinador consiga fazer render em campo,  jogadores que se conhecem um mês antes de qualquer competição, e outros que nem se conhecem até o final do ano.
Esses times quando dão certo é um milagre, mas cá entre nós, esses milagres estão a cada ano mais escassos.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A Boa Nova


Natal é o nascimento da Boa Nova.
Criança adora bola!
(Não esqueçam disso, adultos)
Feliz Natal aos amantes da bola e das crianças.
Que o futebol em 2012 nos traga boas novas.

O futebol transcende o jogo




"O que finalmente eu mais sei sobre a moral e as obrigações do homem devo ao futebol..."
                                                                                                                             (Albert Camus)




O futebol transcende o jogo. 
Ele desvela a alma do próximo.
Projeta algumas através das emoções e outras, por ações.
A moral não lhe escapa, rola junto a bola.
Ética aqui tem rostos e seu viés transparece mesmo quando não há transparência.
Não importa se torcedor, dirigente, jornalista ou empresário o futebol revela, desmascara.
Rasgando a pele mas cedo ou mais tarde, de todos os seus.
Aqui as almas escapam do corpo em vida.
A verdade na frase de Camus é transparente.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Calor e o futebol brasileiro está gelado

A ilha está fervendo!
Quem pode, com certeza está passando os dias de "molho".
Pra resistir a esse calor só mesmo dentro d'água
e se a garganta secar...uma gelada.

Os estaduais iniciam em janeiro, se a temperatura continuar assim o que será de nós sem uma cervejinha?
Confesso que sou totalmente contra  não vender geladas nos estádios.
O futebol brasileiro de qualidade anda sumido, a torcida desconfiada e ainda sem poder tomar uma cerveja durante os jogos... estão mesmo querendo correr com a gente.
E olha que futebol é a paixão do brasileiro!
Que falta de cuidado com a ligação do nosso povo com esse jogo.
Técnicos de super-egos milionários, craques stars midiáticos, estádios sem cerveja, ingressos caros, PPV, horário dos jogos impostos pelas TVs, camisas oficiais descaracterizadas, CBF a muito virou império e a Copa de 2014 está mais com a cara dos nossos políticos do que com a alma do nosso povo.
Credo, que gelada!!!


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A redonda parou, mas o redondo...


Os gramados estão sem ver a redonda  se exibir.
Mas o redondo Rei está brilhando assim ao entardecer em Floripa.


Um "até amanhã" do astro que não deixa dúvidas:
- Deus é manezinho.
Um pedacinho desse pedacinho de terra perdido no mar.
Praia de Santo Antonio de Lisboa
...e tem uma ostra ao bafo aqui... chato né??!!

Foto: Larissa Poeta de Mello

domingo, 18 de dezembro de 2011

A tarde foi brasileira

Marta e Érika:  a alegria do futebol brasileiro.

O futebol brasileiro tem sido ingrato com as mulheres.
Mas mesmo assim, as mulheres brasileiras brilham calçando chuteiras.
Nessa tarde de domingo conquistamos mais um título.
Na copa internacional da cidade de São Paulo, as meninas do Brasil venceram a Dinamarca de virada.
E preparem-se, porque além de a melhor jogadora do mundo ser brasileira, está surgindo mais uma joia nacional, Érika.
Que a CBF seja mais séria ao tratar o futebol feminino.
O masculino já está se diluindo e o feminino nunca foi valorizado.
Elas vestem chuteira e a amarelinha e quase ninguém nesse país sabe quem elas são.
A FIFA sabe.
Marta é por cinco vezes a melhor jogadora do mundo.
Que jogador brasileiro já obteve essa conquista?
Se a manhã desse domingo foi triste para o futebol brasileiro, a tarde o futebol brasileiro nos fez feliz.
O futebol que vem subindo de nível. O futebol feminino.

 Foto: William Volcov/News Free/AE

A tímida adolescência Santista

Quanta timidez no Japão!
Que o Barça joga por música todo mundo sabe.
“Ouvimos” seu jogo durante todo esse ano.
Mas o Santos de hoje foi de uma timidez pálida.

Seu comportamento diante do adversário acentuou a qualidade deles e
diminuiu a sua.
Como um jovem adolescente apaixonado diante da amada
que vê em si, somente,  “espinhas” e um corpo disforme.
Apreciou o outro esquecendo de si mesmo.

Alguns vão com certeza se tornar adultos.
Como foi a sua torcida. 
Que sem timidez adolescente,  entoou o nome do glorioso no estádio.


sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

É o peixe sim, não "intisica"!


O futebol esse final de semana tem um só foco.
O Santos da Vila Belmiro.
O Santos de todos os santos e santas, de todos os santistas e agregados que amam o futebol brasileiro.
Concentração total na torcida pelo Peixe.
Afinal, nós aqui na ilha adoramos Peixe.



Aliás, falando em peixe e ilha, um recado pra manezada de Floripa:
Sábado na pracinha de Santo Antonio, tem apresentação da banda *Intisica a partir das 17 horas.
Que tal um esquenta com frutos do mar, muita ostras de qualidade, peixe e depois um som feito por gente da ilha de Santa Catarina?
Final de semana pra quem gosta de Peixe.
Não*intisica, istepô!
Manezinho gosta de Peixe.

* Pra quem não é da ilha: Intisica, do verbo intisicar, provocar alguém, tirando-o do sério, ao ponto de entrar em luta. [Expressão usada na região litorânea de SC]


Atención: Aquí se habla portugués, jugando el mejor fútbol del mundo y si le gusta el pescado.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Cuidando das bases


O diretor executivo Rodrigo Caetano do Vasco da Gama entregou o cargo.  
O motivo foi uma série de divergências em relação ao investimento para a temporada de 2012 e à administração das categorias de base
Rodrigo Caetano vinha cobrando uma maior integração do departamento de futebol profissional com as categorias de base. Uma de suas preocupações era a falta de proteção das revelações do clube.
(Fonte: Globo.com)

Preocupação pertinente essa do Senhor Rodrigo Caetano. 
As categorias de base de um Clube são efetivamente o futuro do mesmo.  
São a garantia de um Clube formador. Garantia de ter em seu time profissional, jogadores que o Clube formou que o Clube conhece e sabe onde e quando aproveitar nos profissionais.
Essa categoria tem que ser protegida por todos que dirigem um Clube. 
Aqui é onde se deve impedir de entrar aqueles que só querem vender, ganhar dinheiro com jogadores que o Clube investiu e formou.
Com certeza absoluta não é somente no Vasco que isso está ocorrendo
Jogadores de base sendo assediados e arregimentados dentro do próprio Clube por empresários e os dirigentes permitindo.
Um alerta para todos os Clubes do Brasil a postura e a atitude tomada por Rodrigo Caetano. 
Precisamos de mais dirigentes assim.

O Dicionário e o Futebol


1) Desmanchar (desmanche):
"Desfazer
Tornar nulo
Frustrar
Eliminar, fazer que desapareça
Dissolver-se, diluir-se."

2) Parceria:
" Reunião de indivíduos para certo fim com interesse comum."


3) Sócio: "Aquele que se associa a outro ou outros para qualquer "empresa" de que se espera receber lucro. Parceiro, companheiro."

No futebol a primeira palavra mantém na integra o significado do dicionário,  a segunda...é comum restar somente o interesse (de um indivíduo). Certo e fim!
a terceira palavra seu significado no dicionário da língua portuguesa escapa totalmente ao significado atual no futebol. Aqui a gente paga a mensalidade. Só!  Somos parceiros de nós mesmo. Acompanhamos os jogos. Companheiros.

Qual é direção que o futebol brasileiro está tomando?
Dirigir:  " Gerir, administrar, ter a direção de. Ir em alguma direção, a algum lugar; encaminhar-se."
( Isso é o que nos diz o dicionário.)
Com a palavra os parceiros, os dirigentes ou até mesmo os jornalistas esportivos. 

"Vira latas" são os outros

Todos sabem que adoro futebol e que sou brasileira.
Meu ídolo no futebol é o melhor do mundo: Pelé.
Sendo assim, estou acompanhando e torcendo pelo Santos nesse Mundial de Clubes.
E me impressiona a  superioridade que a imprensa, inclusive a nacional, está dando ao Barcelona.
Lembrei imediatamente de um texto do incomparável Nelson Rodrigues, escrito em 1958.
Onde ele escreve sobre a seleção brasileira e os brasileiros.
Abaixo um trecho do que disse esse imortal escritor:

(...)Mas vejamos: - o escrete brasileiro tem, realmente, possibilidades concretas? 
Eu poderia  responder, simplesmente, "não". 
Mas eis a verdade: - eu acredito no brasileiro, e pior do que isso: 
- sou de um patriotismo inatual e agressivo, digno  de um granadeiro bigodudo. (...)
A pura, a santa verdade é a seguinte: - qualquer jogador brasileiro, quando se desamarra 
de suas inibições e se põe em estado de graça, é algo de único em matéria de fantasia, de 
improvisação, de invenção. 
Em suma: - temos dons em excesso. 
E só uma coisa nos atrapalha e, por vezes, invalida as nossas qualidades. 
Quero aludir ao que eu poderia chamar de "complexo de vira-latas". 
Estou a imaginar o espanto do leitor: - "O que vem a ser isso?". Eu explico. 
Por "complexo de vira-latas" entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, 
voluntariamente, em face do resto do mundo.(...)"


Em 1958 o Brasil sagrou-se campeão Mundial e de  lá pra cá fica difícil ser "complexado". 
Ora, nós somos Penta. Penta!
Temos pedigree.
"Vira latas" são os outros no Futebol.
Certo Nelson?
Vai pra cima deles, Santos!


quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Deus dá asas a Santos



O Santos vai derramar sobre o gramado no Japão todo o sal que cobre a sua pele.
O sal do mar; o sal do suor.
Encharcar o jogo com transpiração e inspiração.
Não é só o Barcelona que sabe jogar bola.

Ginga Brasil pra cima deles.
O peixe pode sim, ser alado.
Eles vestem a camisa de Santos.
Santos sempre Santos.
Deus dá asas a Santos.
Amém, glorioso!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Debatedores e entrevistado: a "arte" do jornalismo esportivo

Debate esportivo pode e deve se tornar mais interessante quando há um entrevistado.


"A entrevista é um expediente fundamental para o trabalho de qualquer jornalista.(...) Entretanto, o que muitos desconhecem é que esses momentos não dependem apenas da qualidade das perguntas e do entrevistado. Um ponto fundamental para a realização de qualquer entrevista é a investigação passiva, também chamada de observação. "  (Equipe Universidade do Futebol)

Hoje pude ouvir a entrevista de Carlos Arini - Supervisor de Futebol do Avaí, no Debate Diário da Rádio CBN. Não foi só as perguntas e as respostas que me chamaram atenção.
A postura dos integrantes da mesa e do entrevistado num determinado momento foi crucial para se perceber o que pode ter sido varrido para debaixo do tapete.

Temas importantes e reais foram atropelados por um dos integrantes(jornalista), que acredita saber tirar o foco criando pseudos-polemicas. Sem premissas, fundamentos ou conclusões aproveitáveis. Ou seja, idiotice pura. 

Renato Semensati postou em seu twitter logo após o programa (não sei se tem algo a ver com a entrevista, mas  é um alerta a jornalistas e diretores esportivos ultrapassados e/ou mal intencionados).

 Renato Semensati 

Algumas pessoas ainda acham q fazendo "conchavos" com jornalistas irão esconder verdades. Precisam evoluir. Hoje existem redes sociais.

Acervo de Futebol


Recebi e.mail do Senhor Maiquel Machado e reproduzo abaixo. Uma iniciativa interessantíssima para preservar a memória e a cultura do Futebol Brasileiro: 

"Venho por meio desta mensagem apresentar-lhe um projeto que estamos desenvolvendo e gostariamos de contar com o seu apoio e divulgação.
Primeiramente vou me apresentar, sou Maiquel Machado da Silva, Radialista, formado pela Fundação Padre Landell de Moura (Feplam) e Acadêmico de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano (Unifra), atuo na área do jornalismo esportivo em Santa Maria-RS.
O Projeto, do qual sou o coordenador, chama-se “Acervo de Futebol”, onde buscamos preservar a memória e a cultura deste esporte reunindo livros, revistas e filmes de diversas áreas do conhecimento como Marketing, Administração, Economia, História, Literatura, Direito, Educação Física, entre outras relacionadas diretamente ao futebol.
Possuímos atualmente cerca de 1200 exemplares de revistas, 207 livros e 19 Dvd`s, oriundos de doações de amigos, autores, editoras, cineastas e outros colaboradores.
Pretendemos, em um futuro próximo, colocar estes materiais a disposição para visitação e pesquisa, por parte de pessoas interessadas no tema, familiares de ex-atletas, e público em geral, numa espécie de "Biblioteca do Futebol", possibilitando um local para estudar e recordar momentos ou fatos relacionados ao futebol no mundo.
Em face do exposto acima solicito a possibilidade, de doação de livros, revistas ou Dvd`s, para colaborar com o projeto. Tenha certeza que estará contribuindo para o incentivo a leitura e a cultura em nosso País."
Blog Acervo do Futebol, clique aqui para acessar.
Página no Facebook, clique aqui para acessar.
Para maiores esclarecimentos:
Maiquel Machado,
E-mail: acervodefutebol@yahoo.com.br ou msn: projetoacervodefutebol@gmail.com

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O glorioso Santos



Semana do Glorioso,
Do único Clube no mundo que tem na sua história O CRAQUE.
O Atleta do século XX;
O gênio incomparável;
O Senhor proprietário da bola.
Ele que conheceu todas as manhas,
Todos os gomos.
Que dominou descaradamente todos os contornos dessa que lhe escolheu,
Ele que foi gerado por ela (a bola),
Seu Filho único.
Nobre rei
Coroado por sua mãe.
O Santos essa semana pode pela terceira vez ser o dono do mundo
Porque dono do melhor do mundo ele sempre foi.

Foto: Domicio Pinheiro

Como é chata a segunda

Como é chata a segunda.
É tão chata que o domingo só não é perfeito porque a antecede.
Chata segunda necessária,
Sem ela não há o amanhã.


Mas como é chato o hoje,
Só porque é segunda
(E ainda) posterior a um domingo sem futebol.
"Chatisse" em dobro.
Sem gozações essa segunda,
Amanhã...

domingo, 11 de dezembro de 2011

O som da paixão

Conhecer e reconhecer são dons.
Eu conheço a mim e tento reconhecer os meus.
Reconhecer no futebol é dom estendido a todos os torcedores.
Fácil é reconhecer os nossos.
Não, não é pela cor da camisa.
Nada disso!

Reconhecemos os nossos pelo modo que pronunciam o nome do nosso time.
As palavras que formam o som da paixão tem personalidade.
É pura facilidade simples do pronunciar infantil.

Não tentem disfarçar, se esquivar, ficar em cima do muro.
Quando qualquer um, qualquer um quando pronuncia o nome do seu time,
O som desagua  sobre a pele e vem fundo,
Em profundezas do coração respaldado por singular alma.

Esse som é sem tons ou semitons,
Sem acidentes musicais
Perfeita harmonia.
Todos os torcedores usam a mesma nota na mesma escala.
Sendo assim, não tente enganar os que torcem porque,
Quando tua boca pronunciar o nome da paixão de um dos ouvintes,
Ele saberá instantaneamente, se torces por esse time.
Esse som não permite mentiras
Ele se expõem e se põem sobre a verdade.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Ansiosa paixão



Hoje passei a tarde amando Cacupé.
O vento sul deixa as aguas claras e calmas
Um barco a vela era vergado por ele.
Insistia o vento em tentar encostar a vela no mar,
Dois vultos bravamente não permitiam.
Com seus braços e pernas, retornavam a vela ao seu lugar.
Essa “tela” real me lembrou a luta desse ano.
Rostos desconhecidos unidos bravamente
Com pura e forte intenção.
Os torcedores, que contra o vento que soprou no sul da ilha,
Lutaram até o último segundo,
Na ânsia de não deixar a vela vergar.
Clássico comportamento dos ansiosos.
A paixão que anseia
Que navega
Que espera
Que acredita
Que mesmo cega
Vê.

Imagem: óleo sobre tela Elisabete Maria Sombreireiro Palma

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Os gigantes das Lilliputs


Criados por um Deus exagerado
Vestem camisas
Se revelam
Desde cedo a bola os reconhece
Escolhidos escolhem
Virar deuses

Com suor da graça divina
Molham camisas e dorsos diversos
Modelos modernos
Viciam esses craques
De gostos duvidosos
Que se agigantam em Lilliputs
Soturnas de condomínios fechados
Enquanto os pequenos livres moradores os esperam no gramado.

(Os românticos vestiam chuteiras, a luz do sol e se divertiam em botecos).

A mesma camisa

E cá estamos nós, órfãos da bola.
Enquanto ela não rola
"Pés" estão sendo disputados,
Mudam de lugar
Ou Retornam,
Atravessam continentes
Ou estados,
Às vezes cidades.
Fazendo novas juras de amor,
Vestindo novas camisas.

A peso de ouro,
Sem peso nenhum.
Vão alguns poucos formando nossos times.
Somos muitos,
Milhares,
Milhões.
Não temos ingerência,
Temos esperanças.
Aguardamos os sempre benvindos.

E cá estaremos nós
Quando a bola rolar,
Tirando o que ficou na caixa de Pandora:
A mesma camisa.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Carta ao eterno torcedor Roberto Ribeiro

É possível deixar de ser torcedor?
Não!
A relação que temos com o nosso time maltrata, rasga a pele, rompe o ventre, cega, emudece.
Amplia-se tudo e todos.
Tantos os acertos quanto os erros.
Já disse, volto a repetir,
Aqui não cumprimos a promessa, a jura de nunca mais, jamais voltar a torcer.
É sina decretada.
Robertos, Ribeiros, Joãos, Marias esse é teu destino.

Vá, eu deixo deixares o Clube.
Podes e deves.
Homens sem clube,
Homens sem terra,
Homens sem teto.
Mas há exceções,
Exceções na vida e de morte.
Exceção totalitária,
Jamais deixarás de ser torcedor.
Vem Roberto Ribeiro,
Torcedor eterno.

(Minha carta carinhosa ao torcedor Roberto Ribeiro  e a todos os torcedores nesse Brasil,, em resposta a sua carta publicada em blogs. Clique aqui para ler a carta) 

Elas e o futebol


Na história do futebol existiu o pó de arroz dentro de campo.
Agora ele está na face feminina dos estádios
E escreve história nova.

O futebol agora tem perfume,
Tem batom nos lábios, pó de arroz no rosto e rimel nos olhos.
A torcida é feminina,
E elas podem ligar para o capitão,
Ele vai atender.

Ligadas na bola
Olhar maquiado espelha e provoca paixão,
Os lábios rosados gritam gol,
Melodiosa visão feminina.
A frágil voz que encanta
e faz obedecer.

Campos perfumados,
Mistura de odores,
Suor e alfazema.
Preparem-se,
Elas vão ligar para o capitão
E ele vai atender!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ó comovente torcedor


Comovente aquele que chega alvoroçado pelo simples prazer de ali estar.
E com arte não permite que dissequem suas ilusões, pois vê ali seu império.
Já nem lembra que veio do seu bolso o estar.
Esquece mais que isso, esquece tudo e todos.
Deseja um único desejar.
Por noventa minutos,
Ás vezes dão alguns acréscimos,
Um apito liberta ou aprisiona.

Adversários viscerais contemplam tua dor sem piedade
E colocam em cheque todas as tuas glorias
Vendem teus vitoriosos guerreiros.
Tuas juras de ali não voltar, não cumpres jamais.
Exposto a intempéries te manténs em pé.
Ó comovente torcedor
Encantador da minha alma
Com tua arte sem melodia, pincéis, imagens ou letras!

Delfim Peixoto: Eu não sou cartola. (Entrevista)



Eu não sou cartola
Manda-chuva do futebol catarinense desde 1985, o intocável Delfim Pádua Peixoto Filho chega aos 70 anos com uma trajetória repleta de controvérsias 
Daniel P. Giovanaz
Zero Revista – Revista Laboratório do curso de Jornalismo da UFSC

Não há como percorrer a ante-sala que leva ao escritório presidencial da Federação Catarinense de Futebol (FCF), no segundo andar do mais vistoso prédio da 6a Avenida, em Balneário Camboriú-SC, sem se deter por alguns instantes para observar as dezenas de retratos pendurados nas paredes. De segunda à sexta-feira, naquelas imagens amareladas pelo tempo, Delfim Pádua Peixoto Filho vê-se abraçado a personalidades como João Havelange, Ricardo Teixeira e Ronaldo Nazário de Lima, homens cujas palavras, canetas e chuteiras ajudaram a escrever a história recente do esporte mais popular do planeta. As fotografias revelam sua estreita relação com o poder, mas também lhe recordam que já ostentara cabelos, barba e bigode muito mais negros e abundantes do que atualmente. Por isso, seria natural se a atmosfera da ante-sala despertasse nele uma espécie de amargura, desconforto, ou ao menos nostalgia. Quem conhece Delfim, no entanto, sabe que nada disso o aflige.
Nascido em janeiro de 1941, no município de Itajaí-SC, o garoto que mais tarde seria eleito seis vezes consecutivas ao cargo de presidente da FCF não mediu esforços para realizar o sonho de ser jogador de futebol. Ainda hoje, sente saudades dos dias em que fazia parte das categorias de base do Clube Náutico Marcílio Dias. Atuava no setor de meio-campo e, na época, sua função era chamada de center-half - termo que foi substituído por “volante” na década de 1980.
O anseio de se tornar um atleta profissional, porém, transformou-se em decepção. O insucesso nos gramados levou-o a Florianópolis, onde se graduou no antigo Curso Científico, pelo Internato Colégio Catarinense, e em Direito, pelo Instituto Politécnico de Florianópolis. Além disso, filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) e participou da diretoria da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Santa Catarina. Não raramente, ele utiliza-se disso para desqualificar as críticas relacionadas à sua postura antidemocrática no comando da Federação. “Fui preso nos tempos da ditadura, então acho que não preciso dizer mais nada”, reage.
Após um breve período como professor universitário, o ex-militante assumiu o cargo de vereador pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) em Itajaí, em 1966, e elegeu-se deputado estadual pelo mesmo partido três vezes consecutivas, exercendo a função entre 1970 e 1982. No ano de seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa, subiu ao altar para casar-se com Ilka Aparecida Labes Peixoto, sua esposa até hoje. “Fora disso, é lógico que eu já tive muitas namoradas”, intervém o cartola, sem ao menos ter sido perguntado sobre o assunto.
Rapidamente adaptado às nuances que permeavam a atmosfera política, o ambicioso deputado ainda mantinha um inesgotável interesse pelo futebol e por seus bastidores. Eleito presidente do Marcílio Dias em 1981 e, dois anos depois, vice-presidente da Federação, ele rendeu-se novamente ao esporte e começou a trilhar um caminho que, como descobriria mais tarde, não teria volta.
As funções desempenhadas em ambientes protocolares, como escritórios e salas de aula de universidades, não apenas tornaram o futuro presidente da FCF consciente da importância de aparentar civilidade e honestidade nas relações interpessoais, mas também possibilitaram a ele exercitar cotidianamente sua ampla capacidade de elaborar estratégias. Por outro lado, o contato com esse novo habitat não impediu que ele conservasse a malandragem e a astúcia aprendidas desde a infância na rua e nos campos de várzea. O seu comportamento evidencia essa mistura: em poucos minutos de conversa, a polidez e a formalidade se esvaem e fica claro que, aos 70 anos de idade, Delfim Pádua Peixoto Filho ainda é um legítimo boleiro.
Em meio à candura da fumaça produzida pelo charuto cubano que segura cuidadosamente entre os dedos da mão direita, ele revela que não tem o menor apreço pelos jornalistas que se referem aos dirigentes de clubes, ligas e federações como ‘cartolas’. Delfim acredita que o jargão foi “criado por membros da imprensa marrom, que só querem criar polêmica”. Sobre os repórteres e colunistas de Santa Catarina, ele afirma que não tem do que reclamar. “Sempre tem aquelas brincadeiras, dizendo que está na hora de eu sair e tal, mas são todos meus amigos. Afinal, o Sarney é senador há muitos anos e ninguém ousa tirar ele de lá, não é mesmo?”, arremata o dirigente, oferecendo um argumento que parece considerar irrefutável.
 Pertencer ao conselho consultivo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e ser amigo íntimo do presidente da instituição, Ricardo Teixeira, são motivos de muito orgulho para Delfim. Baseada em frequentes trocas de favores, essa relação proporciona a ele certos privilégios, como por exemplo, a oportunidade de assumir o cargo de chefe da delegação brasileira no Mundial Sub-20, disputado na Colômbia entre julho e agosto de 2011. Sintomaticamente, menos de uma semana após o término do torneio, a FCF emitiu uma nota oficial proibindo qualquer manifestação contrária a Teixeira no estádio Orlando Scarpelli durante o clássico entre Figueirense e Avaí, pelo Campeonato Brasileiro - na manhã anterior à partida, o Ministério Público Federal de Santa Catarina (MPF-SC) conseguiu uma liminar que vetou a censura, por considerar que esta “feria de morte o direito de livre expressão de pensamento”. Não é de se estranhar, pois, que “espetacular”, “trabalhador” e “honesto” sejam alguns dos adjetivos que Delfim use para descrever o manda-chuva do futebol nacional, acusado de nepotismo, omissão de rendimentos provenientes de suas atividades rurais no Rio de Janeiro, compra de deputados e senadores, entre outras atividades ilícitas. Ricardo Teixeira depôs em três Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), e foi absolvido de todas as denúncias.
O charuto, a barba e os gestos ora intimidantes, ora caricatos do presidente da Federação Catarinense de Futebol lembram, em alguns instantes, a figura do revolucionário argentino Ernesto ‘Che’ Guevara. Talvez, a semelhança seja mesmo proposital. “Che foi um gênio e é uma grande influência. Tive a oportunidade de conhecê-lo, e até de conversar com ele. Acho aquela frase, ‘Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás’, espetacular. São palavras que regem a minha vida”, revela, em tom de idolatria. O dirigente pretende, inclusive, solicitar que seja colocado um retrato do ex-guerrilheiro na parede do seu escritório, para servir como inspiração. “Tinha um quadro dele aqui, antes da reforma”, relembra. “Tá fazendo falta”.    
Ao contrário de Che, contudo, Delfim declara que não coleciona inimigos. “Tenho apenas um, em Florianópolis. Um ex-árbitro que não seria nada na vida sem a minha ajuda, mas decidiu ficar contra mim”, confessa, contrariado, sem sequer mencionar o nome. “Todo mundo sabe de quem eu tô falando. As iniciais são D.B.”. Ele se refere a Dalmo Bozzano, que tentou formar uma chapa de oposição para concorrer à presidência da FCF e, em maio de 2007, acusou o cartola de alterar estatutos para perpetuar-se no comando do futebol de Santa Catarina.
Em maio do ano passado, seu poder centralizador foi delatado novamente, desta vez pelo então vice-presidente da Federação, Nelson Lodetti. “Ele é uma pessoa muito boa, mas é ingênuo. Aí, foi enrolado por um jornalista, e acabou dizendo que era eu quem escolhia o árbitro dos jogos”, explica o dirigente, inconformado com a suspeita de que não teriam sido realizados sorteios de arbitragem em partidas do Campeonato Catarinense de 2010. Segundo ele, houve apenas um mal-entendido, porque “o Lodetti não tinha noção de como funcionavam as coisas”.
Além de se esquivar de acusações, Delfim utiliza os horários fora do expediente para descansar na companhia dos netos, assistir a jogos de futebol pela televisão e ir à igreja. Embora faça questão de afirmar que “carrega os valores comunistas até hoje”, ele é católico convicto, e acredita que isso não representa, de forma alguma, uma contradição.  
O atual mandato do presidente da Federação Catarinense de Futebol termina em abril de 2015. Quando forem realizadas as próximas eleições, Delfim Pádua Peixoto Filho terá completado três décadas no cargo. “Enquanto eu tiver saúde, posso ficar mais uns aninhos aí”, professa o septuagenário dirigente que não admite ser chamado de cartola. A risada buliçosa e despreocupada dá a entender que, de fato, não há empecilhos para a sua sétima reeleição.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Poucas cinzas


Dizem que a paixão cega.
Dizem que torcedor distorce
Dizem que o futebol é o opio do povo.

Tanto se disse
Que a paixão não cega mais
O torcedor não distorce mais
O futebol não é mais
Do povo
Guardou-se o opio em uma cartola qualquer
E o pó da torcida distorcida transformou em cinzas a cega paixão
Poucas cinzas

Quando a bola para


Como disse no post abaixo, torcedor não tira férias.
Os Clubes também não.
Antes mesmo de a bola rolar o jogo já começou.
O trabalho dos profissionais do futebol começa a ser traçado e executado quando o arbitro deu o apito final no domingo passando.
Primeiro iluminar a popa, depois se ilumina proa.
De acordo com o comportamento do "navio" durante o ano que finda sabe-se reconhecer as marolas, os maremotos e terremotos. As mares altas e principalmente as mares baixas. 
Essas formam bancos de areia. Aqui encalha principalmente os navios mais pesados, inchados e fora de rumo. Aquelas criam tsunamis que arrastam tudo. 
Bussolá na mão de quem sabe usar.  
Atenção total aos mapas, a escolha do comandante; comandados; infiltrados; amotinados e principalmente nos que dão potencia ao navio e o empurram para frente, na conquista da meta estabelecida.
A sala de máquinas, os torcedores.
Esses são a força, o calor necessário para que o movimento rasgue o mar azul no rumo certo.


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Querer é o verbo irmão gêmeo do torcer

Terminou o ano de 2011 para o futebol brasileiro nos gramados.
Agora nós torcedores ficamos na expectativa da movimentação do mercado.
Torcedor não tem momentos sem expectativas.
Rolando ou não a bola, ficamos sempre em alerta, atentos, ligados no nosso Clube.
Dependendo do desempenho no campeonato torcemos por mudanças radicais ou para que não haja desmanches, mas torcemos sempre.
Essa é nossa condição. Torcer o ano todo.
Nisso as férias da bola não nos poupa.
Queremos saber, queremos opinar, queremos, queremos, queremos...
Querer é o verbo 'irmão gêmeo' do torcer.
Torcedor quer.
Quer ser torcedor.
Quer torcer.
A bola descansa, o jogador tira férias.
O torcedor não descansa, não tira férias, não para de querer.
Eu quero, tu queres, nós queremos:
O torcedor campeão quer o bi;
O torcedor vice quer o campeonato;
O torcedor rebaixado quer subir;
O torcedor quer vencer;
O torcedor quer que o ano de 2012 comece amanhã;
O torcedor quer torcer.

Carta ao Alvinegro Ney Pacheco


Meu coração avaiano está triste.
Triste porque sabe admirar e respeitar o torcedor alvinegro.
Ney Pacheco, blogueiro de primeira linha e apaixonado por seu Clube está na UTI por problemas após cirurgia.
A minha alma avaiana se volta totalmente na tua direção Ney. Na determinação de te enviar, a cada milésimo de segundo a força positiva do meu pensamento e a fé das minhas orações.
Sempre soube admirar meus fiéis e respeitosos adversários, és um deles.
Que o leão se encontre com o gavião e os dois juntos, com a força de um furação te elevem acima de todas as dores e males. 
Estou vestindo a tua camisa, vença!


Adendo: acabei de receber a notícia de que um gavião alvinegro nos braços de um furação chegou no Céu. Minhas condolências a todos da família em especial a minha querida amiga Regininha, mãe do Ney e a toda torcida alvinegra.

Que alma celestial é essa?

Um pouquinho sobre o tanto que é a torcida Avaiana:

Um time que esteve sempre na zona morta e quando chega ao estádio é recepcionado por torcedores incentivando-os antes do jogo “abraçando” o ônibus que os conduz, é um time que deveria fazer reverencias a sua torcida antes de qualquer partida.
Mas um clube que não reconhece seus verdadeiros amantes, não poderia estar diferente  nesse domingo. Que tristeza ver a Ressacada num clássico com tantos espaços vazios.
Cada cadeira sem torcedor é um corte de arma branca no peito de quem conhece a alma avaiana, de quem sabe os porquês, desse distanciamento.
Não foi a decretada queda anunciada que esvaziou a ressacada nesse domingo.
Foi tão somente a surdez dos que acham que estão no topo da pirâmide, mas na verdade são faraós mumificados, prontos pra ser encontrados e quando se abrir as tumbas e o ar fresco penetrar...
Torcida avaiana. 
Que alma celestial é essa? 
Alquimista azul vos toca ao nascer e não por magia, mas com ciência torna transparente tua alma.
Paradoxo angelical.
Alma divina que se expressa através da tua singular voz e não te permite desistir nunca.
Sina!




domingo, 4 de dezembro de 2011

E o título é da torcida demasiadamente ensandecida


Em 2007 o Corinthians caiu para a segundona.
Em 2008 o Corinthians disputou a segunda e foi campeão.
Três anos depois o Clube provou, para quem ainda descreditava, que é mesmo “Timão”.
O torcedor corintiano hoje é o dono do Brasil. 
A partir de segunda feira já desfila com mais uma estrela no peito, a quinta.
Si tem uma imagem que nunca esqueci foi a da torcida corintiana em Porto Alegre. Quando foi decretada a queda do seu Clube, um coro banhado por lágrimas fez o Brasil ouvir uma frase:
- “Morro por ti Corinthians!”
Esse torcedor demasiadamente ensandecido, esse bando de loucos hoje comemora com sorrisos molhados, salgados por lágrimas desejadas e um coro de milhões de vozes se faz ouvir no universo:
-  É campeão, é campeão!

O segredo dos clássicos

Clássico tem que saber assistir, existe um segredo aqui.
As partes separadas é que formam o todo.
Se não existir esse todo, cessa a disputa.


Por que então esse jogo não termina nunca?
Porque a separação aqui é mentirosa.
É pura ilusão ótica.
O todo e todos são um único conjunto que cria os clássicos.
Esse jogo não termina nunca!




Domingo farto


Esse é 'O Jogo'.
Clássico.
Fartura que esse domingo nos proporciona.
Prato cheio que vai empapuçar torcedores em estádios pelo Brasil.
Saber disputar o clássico, saber apreciar o clássico.
Esse é o banquete que o melhor futebol do mundo nos convida a saborear nesse domingo.
Não precisa de mais nenhum ingrediente, clássico é sempre prato principal.
E será servido hoje.
Quem vai se deliciar?

sábado, 3 de dezembro de 2011

No jogo a estrela prova o brilho da conquista - JEC


"Estrela é uma grande e luminosa esfera de plasma, mantida íntegra pela gravidade."

O que aprisiona o olhar do torcedor é a bola, o que nos faz torcer por ela é a esperança da conquista de estrelas.
Para torcedor o esplendor é mesmo o brilho estrelar bordado em seu escudo.
Se em nossa camisa há Super Novas, Estrela do tipo tardio, Estrela escura, Estrela exótica, Estrela peculiar, ou Estrela gigante luminosa é porque alcançamos o lugar mais alto em uma competição. 
No jogo a estrela garante e prova o brilho da conquista.
Santa Catarina tem mais uma estrela no céu de seu futebol.
Parabéns ao Joinville Esporte Clube.
Campeão Brasileiro de 2011 da série C.
Na camisa de três Clubes catarinenses uma conquista do topo nacional está a brilhar.

Todas as almas vão arrepiar

Nada é tão exageradamente humano quanto o torcedor de futebol.
“Demasiadamente humano”. 
Nietzsche deve ter se inspirado ao criar esse título assistindo um jogo de futebol.
O envolver-se com os demais, a agitação exterior sonora no esforço de se fazer ouvir mais alto.
Durante noventa minutos olham todos para a mesma bola. A disputa pela conquista da redonda.
Essa é a marca que torna o torcedor o maior e mais humano dentre todos os humanos.
Cada qual vê diferente a mesma imagem, o mesmo lance, a mesma jogada.
Pra uns é golaço, pra outros consequência de uma simples falha. 
Nunca uma falha humana. 
Nada disso! 
Os que jogam o jogo não são humanos.
Humanos, demasiadamente humanos somos só nós torcedores.
Se existe vida além da terra, é nisso que eles tentam nos imitar desde sempre. 
Nosso torcer.
Esse caos anímico, esse som difuso que ecoa da terra por 90 minutos.
Jamais conseguirão! 
Essa qualidade é dos humanos. Demasiadamente nossa.

Um gol adversário fabrica uma lágrima silenciosa e no segundo seguinte, sem mudar sua composição, uma lágrima falante salga um sorriso quando do seu gol.
Ele não toma gol nunca, mas quem faz sempre os gols é ele. O torcedor.
Quem não veste camisa igual é merecedor de todas as desgraças, de todo infortúnio. 
Aqui cessa laços de família, de amizade. 
Por noventa minutos, somos irmãos dos que vestem as nossas cores.
Humano, demasiadamente humano esse nosso mundo redondo.


Amanhã, o domingo, domingo de futebol brasileiro.
Domingo de decisões.
Não vai existir nenhum humano torcedor que não esteja demasiadamente de olho na bola.
Todas as almas vão arrepiar!

Alma de torcedor: a grande Alma

Muitos escrevem sobre o jogo de futebol.
Vou ser mais um entre tantos.
Eu amo esse jogo.
Mas não busque aqui análises frias e comprometidas com a estrutura tática.
Vou escrever sobre aquele que com sua paixão eleva o futebol a condição de religião.
O torcedor.

Torcer.
Esse verbo que não se deixa aprisionar em um só tempo.
Aquele que torce, sempre torce.
O jogo anterior faz parte do jogo de hoje, e o de amanhã pode nos fazer lembrar um de 10 anos atrás.
O torcedor sabe tudo e o todo do futebol.
É alma infantil que se renova a cada jogo.
Tenho a grande alma.
A Alma do Torcedor.

Se minha alma arrepiar durante um jogo, é sobre esse jogo que vou escrever.
Aqui não tenho um time.
Torço pelo jogo que o torcedor ama.
O jogo em que o pé arredonda a pelota e arrepia a nossa alma.
E a minha alma, ama torcer.